quinta-feira, 15 de março de 2012

EZTec avalia que atuais patamares de margens são sustentáveis

Por Chiara Quintão De São Paulo

Após registrar, em 2011, margens bruta e líquida recordes desde a abertura de capital, a EZTec avalia que a manutenção desses resultados é sustentável, conforme o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Emílio Fugazza. No ano passado, a EZTec registrou margem bruta de 50,5% e margem líquida de 44,2%. "O que já está vendido demonstra que as margens vão ficar nesses patamares", diz Fugazza.
No quarto trimestre de 2011, a margem dos resultados a apropriar era de 53,2%. Isso também indica que margem bruta futura está sustentável no patamar entregue, de acordo com o executivo. Em 2010, a margem bruta foi de 46,8% e a margem líquida, de 38,3%. As metas para 2011 de margens bruta e líquida de 40% e 30%, respectivamente, foram reiteradas para 2012.
Conforme Fugazza, os recordes de rentabilidade obtidos no ano passado decorrem da assertividade da companhia nos produtos, "desde a compra do terreno até a entrega da obra para o cliente", além do controle de custos e do reconhecimento de marca EZTec pelo comprador. Os empreendimentos comerciais, com margens médias acima dos projetos residenciais, também contribuíram para os indicadores superarem as metas. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 29,9% no ano passado.Em 2011, o lucro líquido da companhia cresceu 35% quando comparado a 2010, para o valor recorde de R$ 328,967 milhões. A receita líquida, de R$ 744,185 milhões, também a maior já registrada pela empresa, com alta de 16,9%. No ano passado, a geração de caixa medida pelo Ebitda subiu 27,7%, para R$ 289,273 milhões.
Quando se considera que os lançamentos anuais superiores a R$ 1 bilhão, registrados a partir de 2010, ainda não estão totalmente refletidos na receita - que, no setor, cresce conforme o avanço das obras -, o aumento do indicador tende a ser maior em 2012 do que em 2011, segundo Fugazza. Do total da receita líquida do ano passado, 15% refere-se a lançamentos de 2008, 28% a projetos de 2009, 31% de 2010 e 26% de 2011. "Em 2012, o volume de empreendimentos em construção aumenta consideravelmente e as vendas também crescem", diz o executivo.
De outubro a dezembro do ano passado, a companhia registrou recordes trimestrais de receita líquida (R$ 213,272 milhões), lucro bruto (R$ 110,251 milhões) e lucro líquido (R$ 97,554 milhões).Até ontem, a EZTec lançou 11,1% do ponto médio da meta de lançar de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,4 bilhão em 2012. A resposta do mercado foi positiva tanto no lançamento residencial quanto no comercial, segundo Fugazza. Das 450 unidades do projeto residencial de médio padrão Bosque Ventura Boulevard, em Guarulhos (SP), lançado em 8 de março, 80% já foi vendido. "As vendas de dezembro até o momento foram muito positivas." O foco das atenções da companhia tem sido a venda de produtos lançados no quarto trimestre do ano passado e de estoques. As promoções para vender estoques contribuem para o cumprimento da estratégia, segundo ele.No fim de dezembro, a EZTec tinha caixa líquido de R$ 241,350 milhões, ante R$ 135,1 milhões um ano antes. A expectativa da companhia é que sua posição de caixa líquido se estabilize nos próximos trimestres, com mais investimentos em terrenos e aumento do volume de obras. O estoque de terrenos da companhia correspondia ao VGV de lançamentos de R$ 4,8 bilhões em 31 de dezembro de 2011. Cerca de 80% desse total está na cidade de São Paulo.No ano passado, a EZTec entregou 11 empreendimentos, com Valor Global de Vendas (VGV) próprio de R$ 419,7 milhões.A companhia informou que deu início às obras do EZ Towers, projetos de lajes corporativas na zona Sul de São Paulo, com duas torres triple A. O EZ Towers não faz parte da faixa de VGV de lançamentos projetada para 2012. Somente após a definição da forma de venda do empreendimento é que o lançamento desse projeto será anunciado. "O EZ Towers é uma peça importantíssima no nosso planejamento estratégico. Entre três e seis meses, vamos ter definição mais clara do rumo nas operações", diz Fugazza.

Fonte: ABECIP
http://www.abecipe.org.br
14/03/2012

Investimento em máquinas é o 3º maior em grupo de 12 países, aponta Fazenda.



O investimento realizado pelas empresas e pelo setor público em máquinas e equipamentos já se aproxima de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), uma das maiores taxas do mundo. Estudo realizado pelo Ministério da Fazenda, e obtido pelo Valor, aponta que a taxa de investimento em máquinas e equipamentos no Brasil é a terceira maior em um grupo de 12 países, liderado por China, com investimentos de 14,9% do PIB, e Índia (13%). "Nosso investimento em máquinas e equipamentos é superior à soma do que França e Reino Unido investem em máquinas", disse o ministro Guido Mantega a interlocutores da Fazenda ao definir uma apresentação sobre o tema para empresários.
Para chegar na taxa total de investimento em máquinas e equipamentos no país, que contabiliza a produção nacional e a importação, os técnicos do Ministério da Fazenda partiram dos dados desagregados da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), calculada trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado da FBCF leva em conta os investimentos privados em máquinas e equipamentos, bem como as importações, também as obras de construção civil e infraestrutura pública.
Os economistas da Fazenda usaram os dados abertos da FBCF, utilizando apenas o investimento em bens de capital, como proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto o "dado cheio" do FBCF indica uma taxa próxima a 20% do PIB, a taxa estimada pela Fazenda apenas para o investimento em bens de capital ronda 11% do PIB.
No documento que o ministro Guido Mantega carrega em sua pasta para apresentar em seminários e palestras com empresários a partir de março, os técnicos do Ministério da Fazenda apresentam uma comparação da taxa de investimento em máquinas no Brasil com outros 11 países em períodos distintos - em 2008, auge pré-crise mundial, 2010 e 2011.
As maiores taxas são observadas na China e na Índia, também responsáveis pelos maiores saltos do PIB nos dois períodos. Enquanto os chineses aumentaram seus investimentos em máquinas e equipamentos de 12,9% do PIB para 14,9% do PIB, os indianos reduziram sua taxa de 15,1% do PIB para 13% do PIB no período.
O Brasil é terceiro colocado nas duas fases, com uma taxa de investimento em bens de capital que variou pouco - 10,8% do PIB em 2008 e 10,7% em 2010. A grande mudança entre os dois períodos, segundo economistas da área econômica do governo, ocorre na composição da taxa: enquanto em 2008 ela era formada principalmente pela produção doméstica de bens de capital, a partir de 2010 ela é crescentemente composta por máquinas e equipamentos importados. "A importação de bens de capital não é ruim e deve ser incentivada, porque não só amplia nossa capacidade produtiva, como traz novas tecnologias ao parque industrial nacional, que pode incorporá-las e depois internalizar", afirma um economista do governo.
A taxa de investimento em máquinas no Brasil é superior a de países desenvolvidos com forte parque industrial, como os Estados Unidos (8,3% do PIB) e Alemanha (6,9% do PIB). O resultado é superior também ao de países emergentes com características semelhantes às brasileiras, como chilenos (8,2% do PIB) e russos (7,8% do PIB), intensivos em commodities - cobre e gás e petróleo, respectivamente. "Temos um parque industrial mais diversificado, e mesmo uma produção mais variada de commodities", pondera um técnico do governo, "mas a comparação é justa pelo grau de desenvolvimento atingindo pelos emergentes no período recente", afirma.
No texto que acompanha a apresentação, Mantega destaca que a taxa é "particularmente importante para revelar a modernização e competitividade de uma economia", embora, como admite o ministro, o desempenho brasileiro esteja "ainda em níveis inferiores aos de algumas economias emergentes".


Fonte: Investe São Paulo
http://www.investe.sp.gov.br
Qui, 23/02/12